Resposta à COVID-19

Em abril de 2022, completaram-se dois anos do primeiro atendimento a um caso confirmado de COVID-19 no Hospital Pequeno Príncipe. Nesse período houve muito aprendizado sobre como cuidar dos pacientes, e esse conhecimento se refletiu nos indicadores relacionados à assistência.

A taxa de óbito, por exemplo, caiu bastante. Em 2020, foi 1,6% de letalidade. Em 2021, 0,8%. E neste terceiro ano, que começou com uma explosão no número de casos de COVID-19 em crianças, a taxa de letalidade está em 0,5%. Ou seja, assim como aconteceu em todo o mundo, a instituição aprendeu sobre essa doença, e esse aprendizado se traduziu em melhores práticas e melhores resultados. Entre as mudanças no atendimento está a descontinuidade de alguns medicamentos e a adoção de outros.

O uso intensivo dos equipamentos de proteção individual (EPIs) foi reforçado por causa da pandemia. Outro ganho foi a aproximação ainda maior com as famílias. O Hospital levou a família para dentro da UTI COVID-19 em um momento em que a recomendação era de isolamento mesmo para as crianças. Essa iniciativa é uma atitude de humanização que tem um enorme poder de acalmar tanto a criança quanto a família, colaborando para o processo de recuperação dos pequenos pacientes.

Mais um grande aprendizado trazido pela pandemia foi o uso das máscaras full faces em pacientes com necessidade de ventilação mecânica. Ligadas a um respirador, elas promovem a necessária ventilação, muitas vezes evitando a necessidade de intubação. Com isso, há redução de riscos de alguma eventual lesão da traqueia e sequelas pulmonares, além de se proporcionar mais conforto e diminuir o trauma que uma intubação pode gerar. Outro benefício é a redução da necessidade de sedação, isso tudo sem comprometer a ventilação do paciente. 

O equipamento precisou ser importado, pois no Brasil não havia disponível para crianças. Inicialmente usadas pelos pacientes com COVID-19, hoje as full faces estão beneficiando também pacientes de outros setores do Hospital.


Síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P)
Uma das condições mais graves enfrentadas por crianças que se contaminam com o coronavírus é a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P), extremamente letal, pois afeta diversos sistemas do corpo, com manifestações respiratórias, cardíacas, neurológicas, renais, gastrointestinais, hematológicas, hipotensão, choque cardiogênico e, até mesmo, problemas de pele.

Nestes dois anos de pandemia no Pequeno Príncipe, foram atendidos 23 pacientes com a SIM-P. Em média, esses pacientes ficaram 31,6 dias internados no Hospital, sendo oito dias em UTI. Três pacientes foram a óbito em função das complicações desencadeadas pela síndrome. O dado que mais chama a atenção, no entanto, é que, das 23 crianças com SIM-P atendidas, apenas seis tinham comorbidades.

Vacinas salvam vidas
Depois de dois anos de pandemia, os especialistas do Hospital Pequeno Príncipe são categóricos em afirmar que o maior aprendizado até aqui é o poder protetor das vacinas. Não existe vacina para doença que não mata.

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