Comitê de Bioética discute dilemas éticos e limites entre a vida e a morte

O Comitê de Bioética do Hospital Pequeno Príncipe foi formalizado no mês de agosto para apoiar os profissionais na análise e encaminhamento de casos que apresentam dilemas éticos. Estes conflitos envolvem desde dúvidas sobre qual tratamento escolher para determinado paciente até questões mais profundas, como a condução da terminalidade da vida diante da ausência de suporte técnico resolutivo ou de condições físicas do paciente.

“Ao levar um caso para o Comitê, nós colocamos o paciente no centro do cuidado e analisamos a situação a partir do que é melhor para ele”, explica o médico Leonardo Cavadas, integrante do Comitê. “Esta é mais uma iniciativa que fortalece a humanização no Pequeno Príncipe, pois os casos de dilema moral exigem dos profissionais uma atitude que vai muito além da dimensão técnica, médica ou científica. Exige empatia e compaixão”, enfatiza.

A presidente do Comitê e chefe do Serviço de Oncologia, Flora Watanabe, destaca que em um hospital infantil, a discussão sobre ética gira em torno de temas diversificados, como respeito à autonomia do paciente menor de idade e dos pais. “A autonomia dos pacientes está nos responsáveis legais, que têm direito pela guarda. No entanto, as decisões são tomadas em conjunto, respeitando o desejo da criança e da família. Temos o dever de proteger essas crianças e adolescentes que são legalmente incapazes. Nosso Hospital é pautado pela conduta da humanização, solidariedade e compaixão. Mais do que nunca caminhamos para a cultura de fazer o que é melhor para cada indivíduo, com base em uma ética de responsabilidade”, salienta.