Acompanhamento com pediatra é fundamental para garantir o pleno desenvolvimento das crianças

O Brasil conta hoje com uma população de cerca de 60 milhões de crianças e adolescentes com idade entre 0 e 18 anos. Cuidar da saúde de crianças requer um olhar especializado, que contemple as dimensões da promoção, prevenção, diagnósticos precoces e tratamentos assertivos. O profissional capacitado para esse cuidado atento é o pediatra. Mas no Brasil, a grande maioria das crianças e dos adolescentes que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) não é acompanhada por esses especialistas. Isso ocorre porque, na rede pública, não há a obrigatoriedade da presença do pediatra na atenção primária, composta pelas unidades básicas de saúde espalhadas por todo o país.

“O Brasil tem hoje cerca de 40 mil pediatras. É a área com o maior número de médicos especialistas. Porém, menos de 10% desses profissionais estão atuando no SUS”, revela o diretor-técnico do Hospital Pequeno Príncipe, Donizetti Dimer Giamberardino Filho. “Toda criança tem direito a ser assistida por um pediatra. Não é possível que as crianças de famílias que podem contratar um plano de saúde tenham acesso a um pediatra, e as crianças do SUS não. Isso é uma desigualdade insustentável, pois o olhar especializado de um pediatra pode verdadeiramente mudar a história de vida de uma criança”, completa.

A queda nos índices de cobertura vacinal e os diagnósticos tardios, que muitas vezes comprometem a vida da criança, são algumas das consequências da falta de acompanhamento com um profissional especializado. Saiba mais sobre este assunto na matéria principal da edição de julho de 2024 do Pequeno Príncipe News.

Nesta edição da newsletter, você também vai conferir as notícias abaixo. Clique nos links para ler a íntegra dos textos.

  • Pequeno Príncipe está entre os centros brasileiros que realizam transplante de medula óssea (TMO) para anemia falciforme. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil nascem anualmente cerca de 1,1 mil crianças com doença falciforme, o que equivale a uma incidência de 3,78 casos a cada dez mil nascidos vivos, sendo que a enfermidade afeta predominantemente pessoas descendentes de origem africana, devido ao processo de miscigenação brasileira. O único tratamento curativo disponível no país é o TMO. Poucos centros no Brasil realizam esse procedimento para doença falciforme, especialmente pelo SUS, e o Pequeno Príncipe se destaca por seu envolvimento no cuidado dedicado a pacientes com essa doença e no oferecimento dessa terapia de alta complexidade. Leia mais ao clicar aqui.
  • Complexo Pequeno Príncipe e Companhia Paranaense de Saneamento (Sanepar) assinam parceria para pesquisar efluentes hospitalares. O objetivo da iniciativa – que surgiu a partir do conhecimento gerado em estudos realizados por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe – é buscar soluções que contribuam para reduzir ou até mesmo eliminar os antibióticos e as chamadas superbactérias presentes nos efluentes hospitalares (esgoto). Isso é algo inédito no país, e a expectativa é a de que os resultados obtidos a partir da experiência paranaense sirvam de referência e estimulem outras ações semelhantes. Conheça mais detalhes sobre a parceria ao acessar este link.