Bebê com doença neurodegenerativa recebe terapia revolucionária no Hospital Pequeno Príncipe

O dia 16 de setembro de 2020 vai ficar marcado na história do Pequeno Príncipe e na vida da bebê Amanda Soave, de apenas dez meses, natural de Xanxerê, Santa Catarina. Foi nesse dia que ela recebeu, no Hospital Pequeno Príncipe, o Zolgensma, conhecido como o medicamento mais caro do mundo, cuja dose única custa cerca de R$ 12 milhões. Amanda foi a primeira criança brasileira a receber a medicação voltada ao tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME) de forma gratuita por meio do programa de acesso global criado pela farmacêutica Novartis, desenvolvedora do produto.

O Pequeno Príncipe foi um dos cinco hospitais brasileiros credenciados para realizar a aplicação do medicamento. “Nós fomos autorizados a fazer a aplicação por sermos credenciados pela Comissão Nacional de Biossegurança, atendendo a normas para o manuseio de organismos geneticamente modificados. Além disso, temos uma equipe especialista no atendimento dessa doença, com neuropediatras, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e demais profissionais”, destaca o diretor técnico do Hospital, Donizetti Dimer Giamberardino Filho.

Na 14ª edição do Pequeno Príncipe News – Edição especial COVID-19, você vai conhecer um pouco mais sobre a história da pequena Amanda. Também ficará sabendo mais detalhes a respeito de dois artigos publicados em setembro na revista Science, que mostram que mais de 10% das pessoas jovens e saudáveis que desenvolvem formas graves de COVID-19 produzem anticorpos que não atacam o vírus que causa a doença, mas o próprio sistema imunológico (autoanticorpos). Outros 3,5%, pelo menos, carregam um tipo específico de mutação genética que afeta a resposta imunológica. As descobertas fazem parte da pesquisa conduzida pelo “COVID Human Genetic Effort”, um projeto internacional em andamento que abrange mais de 50 centros de sequenciamento genético e centenas de hospitais em todo o mundo. No Brasil, a pesquisa é liderada pela cientista do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, Carolina Prando, juntamente com o pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Antonio Condino Neto.

“As descobertas explicam por que algumas pessoas desenvolvem uma doença muito mais grave do que outras em sua faixa etária – incluindo, por exemplo, indivíduos que precisaram ser internados na UTI apesar de estarem na casa dos 20 anos e livres de comorbidades”, explica a cientista, que será também a homenageada científica do Gala Pequeno Príncipe 2020 – Uma Jornada pela Esperança, evento que neste ano será on-line, no dia 18 de novembro.

Boletim COVID-19
O Pequeno Príncipe News apresenta, ainda, um boletim informativo sobre os atendimentos de pacientes com casos suspeitos da COVID-19. Desde 4 de março até 9 de outubro, o Hospital investigou 822 pacientes com suspeita da doença e 120 casos foram confirmados. Destes, em 9 de outubro, 63 foram encaminhados para isolamento domiciliar, 52 estavam recuperados e, infelizmente, cinco foram a óbito.

Clique aqui e confira na íntegra as notícias da 14ª edição do Pequeno Príncipe News – Edição especial COVID-19.