Campanha expõe subfinanciamento e crise brasileira dos hospitais filantrópicos
Ano após ano, as dificuldades financeiras enfrentadas pelos hospitais filantrópicos e Santas Casas se agravam no Brasil. Responsáveis por 70% de todos os atendimentos de alta complexidade realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no país, essas instituições viram sua situação financeira ficar ainda mais comprometida com a pandemia e a volta da inflação. No Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do Brasil, a situação não é diferente.
Em 2021, o déficit financeiro na assistência deu um salto importante, passando de uma média histórica de R$ 30 milhões por ano para R$ 52 milhões – sem considerar os recursos captados –; ou seja, um crescimento de cerca de 70%. “É um cenário muito preocupante, que temos conseguido enfrentar com o apoio da sociedade”, explica o diretor-corporativo do Complexo Pequeno Príncipe, José Álvaro da Silva Carneiro.
Na quarta edição de 2022 do Pequeno Príncipe News você vai saber mais sobre a campanha nacional “Chega de Silêncio – gestores e profissionais de saúde rompem o silêncio para expor a crise da maior rede hospitalar do SUS”, que busca alertar a sociedade sobre este importante assunto. Esta edição também apresenta uma matéria a respeito da contribuição do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe com um projeto da Organização Mundial da Saúde (OMS). O estudo, apoiado pelo Gala Pequeno Príncipe, busca estabelecer níveis de referência no uso da radiação em exames, para serem adotados em hospitais da América Latina e Caribe.
A terceira notícia do Pequeno Príncipe News aborda a “Campanha Pra Toda Vida – A Violência não Pode Marcar o Futuro das Crianças e Adolescentes”. Promovida desde 2006 pelo Hospital Pequeno Príncipe, a iniciativa tem como objetivo contribuir para a prevenção da violência contra as crianças, estimulando a identificação dos casos e a denúncia. Somente em 2021, o Hospital realizou 618 atendimentos a meninos e meninas que sofreram algum tipo de violência – um crescimento de 11% em relação aos dados de 2020 –, e mais uma vez a violência predominante foi a sexual, com 344 vítimas; ou seja, 55% do total de casos.