Câncer infantil no Brasil mata duas vezes mais do que nos Estados Unidos
Dificuldade para fazer diagnóstico precoce e para chegar aos centros especializados de tratamento é a principal causa que leva à alta mortalidade por câncer infantil no Brasil. Enquanto a taxa nos Estados Unidos é de 22 mortes por milhão, no Brasil o índice fica em 43,4 por milhão, ou seja, praticamente o dobro. Os dados refletem a realidade até 2019 e constam em um levantamento sobre o panorama da oncologia pediátrica no Brasil feito pelo Instituto Desiderata com o apoio técnico de profissionais da Fundação do Câncer, do Instituto Nacional de Câncer e da Iniciativa Global da Organização Mundial da Saúde para o Câncer Infantil na América Latina e Caribe.
“Infelizmente, no Brasil, ainda existem poucos centros especializados no tratamento do câncer infantil. O Hospital Pequeno Príncipe é um desses centros e oferece tratamento completo, desde o diagnóstico até o transplante de medula óssea, nos casos em que há indicação. Também oferecemos uma estrutura completa de exames, incluindo os genéticos, que auxiliam imensamente na decisão de qual tratamento oferecer para cada criança”, explica a médica-chefe do Serviço de Oncologia e Hematologia da instituição, Flora Mitie Watanabe.
Este é o assunto da matéria principal da décima edição de 2021 do Pequeno Príncipe News, que também apresenta uma notícia sobre o número de casos de COVID-19 atendidos no Pequeno Príncipe, que de janeiro a outubro de 2021 foi quatro vezes maior do que em 2020, primeiro ano da pandemia. Em dez meses, o Hospital atendeu 1.250 crianças e adolescentes com diagnóstico positivo para a doença, com um aumento de 163% na média mensal de pacientes internados. Ao todo, 235 pacientes – cerca de 20% – necessitaram de internamento, sendo que 58 deles foram para a UTI. E 54% dos meninos e meninas que ficaram internados não tinham nenhuma comorbidade.
Por fim, a terceira notícia deste Pequeno Príncipe News aborda uma pesquisa desenvolvida por um consórcio internacional de cientistas, o COVID Human Genetic Effort, que quer entender por que algumas pessoas não são contaminadas pelo coronavírus mesmo após terem contato íntimo e prolongado com quem foi diagnosticado com a COVID-19. “Publicamos um artigo na Nature Immunology que definimos como conceitual: nele, a pergunta central é: ‘nos moldes de outras situações onde variantes genéticas mostram que existem pessoas resistentes a determinadas doenças, isso também acontece com a COVID-19?’. A partir desse questionamento, nós apontamos caminhos para encontrar essa resposta”, define Carolina Prando, médica imunologista e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe.
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