Casos de COVID-19 em crianças e adolescentes disparam no início de 2022
O número de crianças e adolescentes com diagnóstico confirmado de COVID-19 no Hospital Pequeno Príncipe disparou neste início de ano. Do dia 1º de janeiro até 15 de fevereiro, foram 952 diagnósticos positivos. O total equivale a 73% dos casos registrados ao longo de todo o ano de 2021, quando foram contabilizadas 1.295 ocorrências positivas. Os internamentos também cresceram. Em apenas 45 dias deste ano, 117 crianças e adolescentes precisaram ser internados, o que representa 48% de todos os registros do ano anterior inteiro. E 19 crianças necessitaram de UTI. Desde o início da pandemia, este foi o momento com maior impacto da COVID-19 no público infantojuvenil.
O vice-diretor-técnico do Pequeno Príncipe e infectologista Victor Horácio de Souza Costa Junior observa que alguns fatores contribuíram para essa disparada nos casos. Em função das festas de fim de ano, as famílias se reuniram e relaxaram nos cuidados como distanciamento social, uso de máscaras e higienização constante das mãos. Além disso, a variante ômicron, muito mais transmissível, facilitou as contaminações. “Como as crianças ainda não estavam vacinadas, elas eram a parcela da população mais vulnerável. Esses três fatores somados provocaram esse aumento expressivo de casos. Mais do que nunca, é preciso vacinar as crianças para protegê-las”, reforça o especialista.
Este é o assunto da matéria principal da primeira edição de 2022 do Pequeno Príncipe News. Outro tema é o fato de o Pequeno Príncipe ter alcançado um recorde no número de transplantes realizados em 2021, segundo ano da pandemia do coronavírus. Ao todo foram 282 procedimentos, oito a mais do que em 2019, quando a instituição registrou seu último recorde. Retomado em janeiro de 2020, o transplante hepático foi um dos responsáveis pela elevação dos números, com 23 procedimentos e uma taxa de sobrevida de 97%. “A ideia era duplicar de um ano para outro e manter o crescimento, porque são crianças que precisavam ir para fora do estado onde vivem. E no ano passado recebemos pacientes do Acre, do Mato Grosso e de Brasília”, explica a médica responsável pelo Serviço de Transplante Hepático, Giovana Camargo de Almeida.
A terceira notícia do Pequeno Príncipe News aborda os curativos bioativos criados por cientistas do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, em uma série de estudos coordenados pela pesquisadora doutora Katherine Athayde Teixeira de Carvalho. Os curativos bioativos são aqueles que têm propriedades biológicas e terapêuticas, veiculando células, outros produtos celulares ou fármacos. O primeiro estudo dessa linha foi realizado em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e buscou desenvolver um curativo que auxilie na recuperação de queimados. “Para melhorar a qualidade da cicatrização em queimaduras profundas de segundo grau, desenvolvemos um novo tratamento em modelo pré-clínico, usando membranas nanoestruturadas à base de celulose contendo fármacos antifúngicos e antimicrobianos, semeadas com células-tronco mesenquimais”, esclarece a pesquisadora.