Custo dos 10 remédios mais demandados no Hospital não cobertos integralmente pelo SUS ultrapassa R$ 2,5 milhões por ano
O Hospital Pequeno Príncipe compra diversos remédios de alto custo com recursos próprios para não desamparar os pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Se considerada apenas a lista dos dez medicamentos mais comprados, a instituição investe cerca de R$ 2,5 milhões ao ano. “Com o apoio de empresas, cidadãos, poderes Legislativo e Judiciário, conseguimos adquirir esses remédios e oferecer um tratamento mais efetivo. Dessa forma, oferecemos uma medicina mais resolutiva, melhoramos a qualidade de vida dos nossos pacientes e salvamos vidas”, enfatiza a diretora-executiva do Hospital, Ety Cristina Forte Carneiro.
Na lista dos remédios adquiridos com recursos próprios pelo Hospital estão medicamentos utilizados por pacientes da oncologia e do Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO). “Apesar de comuns, as infecções que acometem os pacientes transplantados podem ser fatais e irreversíveis quando não tratadas com a medicação adequada e no tempo certo. As opções de medicamentos desta categoria ofertadas pelo SUS e pelas operadoras de saúde são limitadas”, revela a chefe do Serviço de TMO, Carmem Bonfim.
A matéria principal da oitava edição de 2022 do Pequeno Príncipe News apresenta mais detalhes sobre este assunto. Outra notícia dessa edição aborda os programas de residência médica oferecidos pelo Hospital. Em meio século de existência, o Pequeno Príncipe firmou-se como um dos principais formadores de profissionais voltados ao atendimento de crianças e adolescentes no Brasil. Por ano, a instituição capacita cerca de 130 profissionais, por meio de 11 programas de residência médica e sete programas de especialização.
Por fim, o Pequeno Príncipe News alerta que crianças e adolescentes são considerados “órfãos terapêuticos”, pois apenas 8% de todas as pesquisas clínicas desenvolvidas no mundo que envolvem medicamentos são voltadas a essas faixas etárias. “O desenvolvimento de medicamentos e suas respectivas evidências de eficácia e segurança têm origem na pesquisa envolvendo adultos, de modo que o emprego dessas tecnologias em crianças resulta de adaptações desses resultados, situações estas que não são ideais e podem ocasionar falhas terapêuticas ou mesmo eventos adversos”, diz o Ministério da Saúde, em documento intitulado “Assistência farmacêutica em pediatria no Brasil”.