Pequeno Príncipe atende pacientes com a Síndrome Inflamatória Multissistêmica
Embora a incidência da COVID-19 em crianças seja menor, ela tem apresentado uma complicação grave e que tem alta taxa de mortalidade: a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P). Ciente da gravidade dessa síndrome e do seu papel de referência, o Hospital Pequeno Príncipe faz um alerta a toda sociedade para os sinais e sintomas dessa condição. Mais de 300 casos já foram relatados em todo o mundo. No Pequeno Príncipe, cinco crianças foram diagnosticadas com a SIM-P e, infelizmente, três delas foram a óbito.
“Esta síndrome é extremamente letal, pois afeta diversos sistemas do corpo, com manifestações respiratórias, cardíacas, neurológicas, renais, gastrointestinais, hematológicas, hipotensão, choque cardiogênico e, até mesmo, problemas de pele”, explica o médico infectologista do Pequeno Príncipe, Victor Horácio de Souza Costa Junior.
O médico conta que dois pacientes que sobreviveram à síndrome no Hospital travaram uma verdadeira batalha pela vida. “O paciente Alisson, por exemplo, que tem o diagnóstico de mielomeningocele, teve quatro paradas cardíacas, precisou fazer hemodiálise e duas cirurgias neurológicas. Ficou em estado gravíssimo na UTI por 41 dias, sendo 12 deles entubado. Por causa do atendimento multidisciplinar que conseguimos oferecer no Pequeno Príncipe, ele venceu essa batalha”, relata.
O Pequeno Príncipe News – Edição especial COVID-19 apresenta mais detalhes sobre a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica em uma das matérias da sua 13ª edição. Você também fica sabendo mais a respeito do atendimento dos serviços de Oncologia e Hematologia e de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Pequeno Príncipe, que foi mantido, de maneira integral e de forma segura, durante a pandemia a todos os pacientes em tratamento.
A chefe do serviço, Flora Mitie Watanabe, afirma que nenhum paciente teve seu tratamento interrompido. “O que houve foi uma redução no número de primeiras consultas, que são aquelas nas quais fazemos o diagnóstico da criança. Essa redução ocorreu porque os municípios do interior pararam de enviar pacientes e também porque as próprias famílias deixaram de procurar atendimento, com medo do coronavírus”, observa. “Nem todas as consultas significam diagnóstico positivo para neoplasias, mas certamente há um número significativo de crianças que não estão sendo diagnosticadas”, completa.
Boletim COVID-19
O Pequeno Príncipe News apresenta, ainda, um boletim informativo sobre os atendimentos de pacientes com casos suspeitos da COVID-19. Desde 4 de março até 11 de setembro, o Hospital investigou 643 pacientes com suspeita da doença e 97 casos foram confirmados. Destes, em 11 de setembro, dois seguiam internados, recebendo todos os cuidados necessários, 46 foram encaminhados para isolamento domiciliar, 44 estavam recuperados e, infelizmente, cinco foram a óbito.
Clique aqui e confira na íntegra as notícias da 13ª edição do Pequeno Príncipe News – Edição especial COVID-19.