Serviço de Cirurgia Cardiovascular faz procedimento inédito no Brasil
Uma tecnologia já disponível nos Estados Unidos e em países da Europa foi utilizada, pela primeira vez no Brasil, pelo Serviço de Cirurgia Cardiovascular do Hospital Pequeno Príncipe no último mês de dezembro, por indicação do Serviço de Eletrofisiologia da instituição. Trata-se do uso de um envelope de antibióticos que envolve o marca-passo com o objetivo de evitar as infecções bacterianas – uma das complicações mais temidas associadas ao uso desse tipo de dispositivo. O envelope é colocado durante o ato cirúrgico, envolvendo o gerador, e imediatamente se inicia a liberação local de antibióticos. Na sequência, ao longo dos dias, ocorre a reabsorção completa do envelope pelo organismo, diminuindo, consequentemente, a possibilidade de infecção.
“Alguns procedimentos, medicamentos e características dos pacientes aumentam significativamente o risco de uma infecção do dispositivo. E essas infecções aumentam a morbidade, tempo de internamento e reintervenção cirúrgica nestes pacientes”, explica a cardiologista responsável pela inovação, Lânia Romanzin Xavier, que é chefe do Serviço de Eletrofisiologia do Pequeno Príncipe. E este é o tema da primeira edição de 2023 do Pequeno Príncipe News, que aborda esse procedimento inovador e como ele pode contribuir com mais saúde e bem-estar proporcionados a pacientes como o Augusto, que foi submetido à nova tecnologia.
Nesta edição, você também confere uma matéria sobre os dispensários eletrônicos de medicamentos. São dispositivos que armazenam remédios e materiais hospitalares usados frequentemente no atendimento de crianças e adolescentes. O investimento nos dois dispensários foi de R$ 375.975,20, viabilizado por meio do projeto de renúncia fiscal Pelo Direito à Vida II. A iniciativa teve início em 2018 e foi aprovada pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), tendo como objetivo aprimorar a assistência hospitalar e ambulatorial com a disponibilização de equipamentos modernos de alta tecnologia, recursos e insumos.
A terceira matéria do Pequeno Príncipe News apresenta mais informações a respeito do projeto Saber e Ver, que está sendo desenvolvido por cientistas do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe. A iniciativa busca entender a epidemiologia, as causas genéticas e as questões neuropsicológicas associadas à deficiência visual, para contribuir com a melhoria da qualidade de vida e auxiliar no desenvolvimento de novos tratamentos para essa importante parcela da população. No mundo todo, cerca de 1,4 milhão de crianças são cegas. No Brasil, a deficiência visual é a mais prevalente, nas diferentes faixas etárias.